Dormitorio de Irinna Shacklebolt e Kaname Kuran

O quarto que me tinha sido atribuido situava-se no 6º piso. Segundo as regras, deveria ter de partilhar o meu quarto com mais alguem, o que podia ser um incomodo, dependia muito do tipo de pessoa que iria ser. Arrumei as minhas coisas, montando ao lado da minha cama um pequeno tabuleiro de xadrez. Tendo as coisas arrumadas, sentei-ne ao pe do tabuleiro, com a peça do rei branco na minha mão, enquanto pensava como iriam ser as coisas nesta escola. Enquanto divagava, ouvi passos no dormitorio. Olhei para cima. De malas na mão estava uma rapariga de cabelos ondulados, de cor castanho claro e olhos verdes. Era uma figura que eu reconhecia bem, e há muito que não via

-Irinna.... - disse, olhando para ela

Enquanto Irinna subia a longa escadaria que levava até ao 6º piso, fazia figas para que o seu parceiro do quarto fosse alguem do sexo masculino e bastante apetitoso. Só isso compensaria o facto de ter de começar a usar a floresta para as sessões de sexo com as suas vítimas. Era tão desconfortável! Quando finalmente chegou ao 6º piso, a vampira já se estava a amaldiçoar por ter trazido tantas malas. Olhou uma vez mais para a folha com o nº do seu quarto. 135.
Quando finalmente lá chegou, respirou fundo antes de abrir a porta. Sentado numa das camas, á frente de um jogo de xadrez, e com a peça do rei branco na mão, estava alguém que ela nunca esqueceria. Aquele que a transformara....

-Irinna.... - disse ele, olhando para a vampira.

-Kaname-sempai! - murmurou ela, em estado de choque.

- Ja passou um bocado desda a ultima vez que nos vimos, não é verdade?

Levantei-me e olhei para a janela enquanto continuava a conversa

- Tens sido um tema de conversa acessa das familias ja ha algum tempo. Tem-me atribudo a culpa de ter feito um erro, e de ter criado um animal

Aproximei-me dela e disse

- Pessoalmente, não creio ter cometido erro algum

- Pessoalmente, não creio ter cometido erro algum. - comentou Kaname.

Irinna estava profundamente dividida. Ele dera-lhe a melhor experiência que alguma vez tivera, mas não teve a coragem de permanecer ao seu lado no momento mais difícil.

-Achas que os elogios vão apagar o que fizeste? - perguntou a vampira, magoada. - Como é que pudeste? As famílias chamam-me monstro, mas tu é que me abandonas-te no meio do nada. A única coisa que fizeste por mim foi deixar-me num local seguro, enquanto eu sofria com as dores agonizantes da transformação! - Irinna estava bastante exaltada e agarrava-se á camisa de Kaname. - Porquê, Kaname-sempai? Porquê?

Irinna agarrava-se a mim enquanto perguntava de uma forma exaltada:

- Porquê, Kaname-sempai? Porquê?

Pus-lhe uma mão em cima do ombro. Com a outra agarei o seu queixo e levantei-o gentilmente, para que pudesse ter pleno contacto com os seus olhos

- Acredita em mim Irinna, quando digo que não o teria feito , se uma situação de urgencia elevada não tivesse surgido.

- Acredita em mim Irinna, quando digo que não o teria feito , se uma situação de urgencia elevada não tivesse surgido.

Irinna desviou o olhar. Era simplesmente demasiado intenso para se suportar. Tentou olhar para a frente, mas o seu olhar recaíu nos lábios que tantas vezes lhe apareceram em sonhos. Acabou por virar a cara para o lado.
- Urgência elevada? O que há de mais urgente de que alguém a transformar-se? Deixa-me adivinhar. - A sua voz notava desprezo - Mais um dos teus deveres como puro-sangue?

Ela afastou-se, e começou a desfazer as malas, tentando acalmar-se.
-Não sabia que o xadrez era um jogo para se jogar sozinho. - comentou.

- Tenho estado a espera da pessoa certa para fazer um partida comigo.

Virei-me para Irinna, que se tentava afastar de mim e disse:

-Tenho a perfeita noção que o sentes e perfeitamente justo. Sei que o que fiz é desprezível. Mas enganas-te quanto á razão. Tinha a ver com a minha irmã. Acho que te recordas de eu te ter falado nela. Na realidade, foste a única a quem eu alguma vez falei sobre isso

-Tenho a perfeita noção que o sentes e perfeitamente justo. Sei que o que fiz é desprezível. Mas enganas-te quanto á razão. Tinha a ver com a minha irmã. Acho que te recordas de eu te ter falado nela. Na realidade, foste a única a quem eu alguma vez falei sobre isso

Irinna lembrava-se de Kaname ter falado qualquer coisa sobre ter um compromisso com uma rapariga chamada Yuuki, mas ela ainda estava tão excitada nesse momento que não se lembrava de ele ter dito que ela era a sua irmã. Durante todos esses anos, mais de uma centena, Irinna sempre pensara que Yuuki era a companheira de Kaname, o que a levara a pensar que, para ele, Iri nunca passara de uma diversão de uma noite. Algures no fundo do seu coração, ela sentia agora um trago de culpa.

-Porque é que só falaste da tua irmã a uma pessoa que só conhecias há poucas horas? - perguntou a vampira, tentando testar Kaname.

-Porque é que só falaste da tua irmã a uma pessoa que só conhecias há poucas horas?


-Achas sinceramente que eu estive contigo simplesmente porque queria satisfação? Ate agora, suspeitava que pensavas pouco de mim, mas não acreditava que fosse assim tanto. O que aconteçeu, deu-se porque senti uma conexão contigo. Algo que não sentia em dezenas de anos. Agora que olho para trás, percebo como fui egoista. Mas como disse, tu tens toda a razão no que dizes e no que sentes. Espero pelo dia em que me perdoes, e ai o meu coração podera se alegrar finalmente

Aquilo apanhou Irinna completamente desprevenida. Ela teria percebido bem? Espero pelo dia em que me perdoes, e ai o meu coração podera se alegrar finalmente. Nunca ninguém lhe dissera algo daquele género. Num recanto da sua mente, formou-se um cenário. Um cenário que lhe agradava bastante. No fundo, ela sempre o desejara. Iri já tinha tido milhares de relações sexuais desde Kaname, mas ninguem a satisfez tanto como ele, assim como também ninguém lhe apareceu em sonhos depois disso.
Mas ela também sabia que não o poderia perdoar tão facilmente. O que ele lhe fez foi demasiado grave....

-O que queres dizer com isso? - Irinna precisava de o ouvir de novo, para ter a certeza.

-O que queres dizer com isso?

- O que os teus ouvidos captaram. Tu já sabes, não é Irinna? Eu amo-te mais do qualquer coisa neste mundo. Foste quem me deu calor neste mundo . Procurei-te durante vários anos. Parece que o destino me sorriu desta vez

Eu amo-te mais do qualquer coisa neste mundo.

Se o coração de Irinna batesse, ele teria pulsado mais forte no seu peito naquele momento. Mas aquele coração não batia há 138 anos, e não era agora que o ia fazer. No fundo, ela queria muito que aquilo que Kaname dissera fosse verdade, mas o seu coração, que apesar de não bater, tinha sentimentos, dizia-lhe que não.

-Isso não é verdade, Kaname-sempai. Se me amasses mais que qualquer coisa neste mundo, não me terias deixado só naquele dia. Podes-me amar muito, Kaname, mas não me amas mais do que á tua irmã. Desculpa, mas eu não posso amar alguém que me pode abandonar de um momento para o outro.

Irinna arrumava as suas coisas enquanto dizia essas palavras. Talvez fosse por não coragem de olhar para Kaname enquanto o dizia. Talvez fosse porque não queria que ele via a lágrima que se formou no canto do seu olho.

- Isso não é verdade, Kaname-sempai. Se me amasses mais que qualquer coisa neste mundo, não me terias deixado só naquele dia. Podes-me amar muito, Kaname, mas não me amas mais do que á tua irmã. Desculpa, mas eu não posso amar alguém que me pode abandonar de um momento para o outro.

Aproximei-me de Irinna, que continuava a tentar desviar o olhar. Mais uma vez levantei a sua face, para poder olhar par os seus olhos.

- Pareçe-me que as minhas palavras não demonstam os meu sentimentos. Então pode ser que as minhas acções o façam

Mal disse isto, aproximei a minha face da de Irinna e beijei-a

Irinna não esperava o beijo. Ela queria recuar, mas o seu corpo já não lhe obedecia. Aqueles lábios que a perseguiam em sonhos há tantas décadas...que desejava desde que entrara naquele quarto... tão macios....tão hábeis... E aquele perfume..
Quando deu por si, a vampira correspondia o beijo com redobrada intensidade. Já só pensava em satisfazer todas as fantasias que tinha acumulado por mais um século. As suas mãos pousaram sobre os ombros de Kaname. Os beijos continuavam a aumentar de intensidade, eram quase sôfregos, como se ele fosse tudo o que a agarrava á vida. As mãos começaram a descer até aos botões da camisa de Kaname, e a desapertá-los, e os seus caninos alongaram-se em toda a sua extensão.

Irinna tinha correspondido e fe-lo com uma intensidade avassaladora. Eu sentia-me feliz. Uma felicidade que estaria adormecida á dezenas de anos, se não um seculo inteiro. Ela começou a desabotoar-me a a camisa, e os seus caninos começaram a crescer. Agarrai na sua cabeça e gentilmente levei-a até ao meu pescoço. Depois sussurei-lhe ao ouvido

- Acredito que esteja na altura de completares o círculo.

Kaname conduziu-me até ao seu pescoço, e eu percebi logo o que tinha de fazer.

- Acredito que esteja na altura de completares o círculo.-sussurrou-me ele.

Eu tive de me controlar bastante para não o magoar. Lentamente, os meus caninos rasgaram a pele de Kaname, e perfuraram-lhe o pescoço até penetrarem na sua veia. E suguei. Aquele era o sangue mais maravilhoso que alguma vez provara. Era o sangue do meu criador. Os meus gemidos soavam pelo quarto enquanto eu sugava. Era tão maravilhoso ... tão excitante. Passado alguns minutos, e por sorte para Kaname, eu olhei para ele, e vi que parecia mais pálido. Rapidamente retirei os meus caninos do seu pescoço, enquanto lhe pedia desculpas, envergonhada.
-Não faz mal! - disse ele, sorrindo.

Eu retomei o beijo que tinha interrompido para me alimentar, e aproveitei para retirar a camisa de Kaname e começar a desapertar-lhe as calças.

Irinna ja me tinha retirado a camisa e começava agora a retirar-me as calsas. A forma intensa como agia revelavam graus de excitamento colossais. Eu tambem sentia tal fascinio mas não era parte do meu ser demonstra-lo. Mesmo assim, começei a retirar o vestido que ela trazia

- Diz-me agora, se na tua mente ainda correm as mesmas opiniões de quando iniciamos a conversa.

As mãos de Kaname começavam agora a percorrer as costas da Irinna, enquanto lhe despiam o vestido. A vampira soltava longos gemidos enquanto despia as caças de Kaname, assim como os boxers, que saíram juntos.
- Diz-me agora, se na tua mente ainda correm as mesmas opiniões de quando iniciamos a conversa.
-Amo-te! - sussurrou Irinna.

Kaname despiu a lingerie de Irinna, e os dois deixaram-se cair na cama dela, ainda coberta pelas suas roupas. Os lábios da vampira desceram dos lábios do parceiro para o pescoço, e ela começou a beijar-lhe todos os centímetros de pele possível, sem excepção, demorando-se nos mamilos e partes intimas. Os seus gemidos aumentavam a cada segundo que passava.

Estavamos agora na cama que iria pertencer a Irinna, em pleno acto sexual. Irinna esta muito mais agressiva desde que fizemos o mesmo no dia em que a conheci. Sentia o calor dos seu labios a percorrerr-me todas as partes do corpo, enquanto estava em cima de mim. Trocamos de posições, de maneira a que eu ficasse em cima dela. Começei tambem a percorrer o seu corp com os meus labios, cerrando-lhe os caninos uma vez ou outra, o que fazia com que ela emiti-se um pequeno grito

Os gemidos de Irinna tinham passado a rugidos, enquanto sentia os lábios de Kaname. Ele ia com calma, mas sabia absolutamente o que fazia. As leves mordidelas dele só serviam para a excitar ainda mais, e, quando ele chegou ao clítoris, a vampira teve de arranhar as costas do parceiro, pois os rugidos já não lhe chegavam.
Quando Kaname regressou aos lábios de Irinna, as suas mãos continuavam a percorrer o seu corpo, enquanto ele penetrava dentro dela.

Pouco depois demos fim ao que se estava a passar. Tinham sido momentos devastadoramente intensos. Levantei-me e vesti outra vez a minha roupa enquanto que Irinna fazia o mesmo. Quando ja estavamos novamente vestidos disse-lhe:

- Agora, a decisão se queres realmente ficar ao meu lado ou não, recai sobre ti, Irinna

Irinna voltou a vestir-se, mas a sua mente ainda vagueava algures pelos momentos anteriores. Acabou por concluir que Kaname melhorava com o passar dos anos.

- Agora, a decisão se queres realmente ficar ao meu lado ou não, recai sobre ti, Irinna. - anunciou ele.

Por um lado, Irinna sabia que amava Kaname, mas ainda tinha medo. Medo que ele a deixasse outra vez, como fizera há mais de uma centena de anos. Enquanto reflectia, lembrou-se que Kaname lhe tinha deixado beber o seu sangue, um sinal de confiança. Resolveu arriscar.

-Estarei ao teu lado, Kaname-sempai. - prometeu Irinna. - Sempre.

-Estarei ao teu lado, Kaname-sempai. - prometeu Irinna. - Sempre.

O circulo fechava-se. Ficariamos juntos, finalmente.

-O meu espirito alegrasse então, depois de tantos anos. Ainda bem, Irinna. Irás perceber que o lugar mais seguro para se estar é ao meu lado

Irás perceber que o lugar mais seguro para se estar é ao meu lado.

Irinna soltou uma gargalhada jovial.
-Além de sexy és convencido! -comentou, beijando Kaname. - Poderias fechar-me o corpete?
-Claro!

Kaname apressou-se a cumprir a tarefa. Quando acabou, beijou levemente o pescoço de Iri, e abraçou-a por trás. Ela sorriu. Poderia ficar assim para sempre.

Jack apenas trazia uma mochila de campismo. Vestia uma camisola de alças e uns calções, era a roupa mais fácil para usar pois não sabia quando iria precisar de se transformar. Apesar dos seus 16 anos parecia bastante mais velho. Tinham lhe dito que o seu quarto era o 125 ou seria o 135? Não se lembrava, então arriscou o 135. Entrou sem bater á porta e quando entrou viu uma rapariga que aparentava 18 anos.
- Parece que me enganei no quarto, visto as duas camas já estarem ocupadas. - disse Jack atrapalhado.